domingo, 7 de novembro de 2010

Histórias que o povo conta!

      Dizem, os antigos, que muita gente acreditava que  Rio Capibaribe, por essas bandas, era milagroso. É, acreditavam que as águas límpidas do Capibaribe (isso aconteceu há muito tempo!) pudessem curar as pessoas. Então, pessoas vinham de longe para banhar-se, à espera de um milagre.


   Para nós, é intrigante esta história. Primeiro, porque vemos o nosso rio tão sujo, mesmo sabendo que um dia foi limpo e, segundo, porque não sabemos o porquê de as pessoas, antigamente, acharem que o rio era milagroso. Será que alguém banhou-se em sua águas e saiu de lá curado? Bom... Não sabemos, e também não podemos afirmar nada. Afinal, são apenas as histórias que o povo conta!

domingo, 17 de janeiro de 2010

O Rio Capibaribe

Capibaribe ou Caapiuar-y-be ou Capibara-ybe (ou ipe), vem da língua tupi e significa rio das Capivaras ou dos porcos selvagens

Nasce na serra do Jacarará, no município do Brejo da Madre de Deus, na divisa de Pernambuco com a Paraíba. Seu curso tem cerca de 250 quilômetros e sua bacia, aproximadamente, 5.880 quilômetros quadrados.
Possui cerca de 74 afluentes e banha 32 municípios pernambucanos, sendo os principais: Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Limoeiro, Paudalho, São Lourenço da Mata e o Recife. 
O Capibaribe tem grande importância histórica e social na formação e no desenvolvimento de Pernambuco e da região Nordeste do Brasil. Foi denominado de rio-ponte por ter sido, na época colonial, um significativo elo de ligação entre a cultura da cana-de-açúcar da zona da Mata pernambucana e os currais do Agreste e do Sertão. 
Foi na várzea do Capibaribe onde primeiro se consolidou a cultura da cana-de-açúcar no Nordeste, devido ao tipo de solo, o massapê, terra vermelha e fértil, própria para a agricultura canavieira.
A agricultura e a pecuária desenvolvida às margens do Capibaribe muito contribuiu para a evolução do estado de Pernambuco, que não se deu apenas do centro para a periferia, mas também dos engenhos para o centro comercial.
 
 

Um comentário



"A Várzea é, para mim, um dos bairros de grande importância cultural, pois meus antepassados já viviam por essas bandas muito antes de serem formados todos os engenhos que aqui existiam. Sempre pergunto com grande curiosidade sobre como era esse bairro, como era viver aqui e o que existia aqui... Bom, sei de poucas coisas, por isso não achei importante escrevê-las aqui, então, se tiverem alguma curiosidade, podem perguntar-me pelos comentários ou por qualquer outro meio. Será muito bom poder responder, e será ainda mais gratificante para mim se mandarem algum assunto a ser postado ou discutido. Obrigado pela atenção e, participem!!!"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Bairro da Várzea

As terras dessa região foram as primeiras a serem repartidas entre os colonos portugueses que iniciaram a povoação de Pernambuco, na primeira metade do século XVI.
A área escolhida pelos portugueses para o plantio de cana-de-açúcar foi a várzea do Capibaribe, às beirada do rio homônimo. O primeiro engenho da região foi o de Santo Antônio. No entanto, foi o Engenho São João que se tornou mais conhecido. As terras eram férteis, com água em abundância e logo os engenhos se multiplicaram. Por volta de 1630, a várzea do Capibaribe tinha 16 engenhos de açúcar em plena atividade. Na porção mais central das terras, à margem direita do rio, um povoado teve imediato desenvolvimento, convertendo-se numa freguesia sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. A primeira capela da Várzea dataria de 1612. Tempos depois, precisamente em 1746, a freguesia da Várzea contava com 2.998 habitantes, 18 capelas, 11 engenhos em atividade e 4 de fogo morto (ou seja, desativados). O açúcar ali produzido era transportado por pequenas embarcações pelo rio Capibaribe até o porto do Recife. No final da primeira metade do século XIX, a Várzea tornou-se o centro de uma disputa como colônia de férias. As águas cristalinas do rio atraíam recifenses que vinham de todas as partes da cidade. Esses banhos (que diziam ter poder de cura) movimentaram a localidade até 1880, quando teve início a poluição do Capibaribe e a colônia perdeu força. Além da força econômica, a Várzea do Capibaribe também viveu importantes episódios históricos. Era no Engenho São João, por exemplo, que se discutiam planos de revolta contra os holandeses. E na Matriz da Várzea foi sepultado o corpo do índio Felipe Camarão, um dos heróis das batalhas que expulsaram os holandeses.